Como avaliar o ROI da formação profissional nas empresas?

A formação contínua dos trabalhadores é, sem dúvida, um dos fatores mais importantes para o sucesso das empresas. Contudo, o seu verdadeiro impacto dependerá do ROI da formação, isto é, do retorno do investimento aplicado no desenvolvimento dos profissionais. Afinal, como poderemos garantir que estamos a seguir a estratégia mais adequada na formação profissional? 

Idealmente, a formação profissional deverá trazer benefícios como, por exemplo: aumento da produtividade, redução de erros e melhoria da eficiência dos métodos de trabalho. Todavia, nem sempre é esse o caso. A Harvard Business Review refere, aliás, que, nos EUA, apesar dos 200 mil milhões de dólares investidos, anualmente, em formação, apenas 10% desse investimento traz resultados concretos. 

Portanto, o ROI da formação apresenta-se como uma ferramenta vital para determinar o impacto destes programas, permitindo medir não só a eficácia da formação, mas também o valor monetário gerado com a sua implementação. 

Qual é a importância do ROI na formação empresarial? 

O ROI constitui um indicador-chave de desempenho (KPI) aplicável em várias áreas, dentro de uma organização. No caso da formação profissional, o ROI refere-se, então, à comparação entre os resultados obtidos com o programa formativo e os custos da sua implementação.  

A análise do ROI da formação permite, assim:  

• Justificar os investimentos em formação profissional, demonstrando o valor tangível obtido; 
• Tomar decisões informadas, com base em dados concretos, que ajudarão a orientar as futuras ações de formação e desenvolvimento de carreira; 
• Facilitar o alinhamento dos planos de formação com os objetivos estratégicos da empresa; 
• Promover a melhoria contínua dos programas de formação, ao identificar as áreas de sucesso e as oportunidades de melhoria; 
• Aumentar a motivação, a satisfação dos colaboradores e a retenção de talento, demonstrando o compromisso empresarial com a melhoria das condições de desenvolvimento profissional; 
• Criar uma vantagem competitiva no mercado, priorizando o desenvolvimento e a inovação da força laboral; 
• Ajudar os departamentos de recursos humanos a otimizarem a alocação e a gestão de pessoas. 

  

Como calcular o ROI da formação profissional? 

O resultado do cálculo do ROI da formação revelará, certamente, o impacto da formação no desenvolvimento profissional. Aliás, só através da análise do ROI da formação será possível compreender se as iniciativas de aprendizagem estão a obter o sucesso desejado. 

  

Dentro dos benefícios e custos do ROI, encontram-se: 

Benefícios Aumento da produtividade;   Diminuição dos erros;   Decréscimo das taxas de rotatividade dos trabalhadores;  Redução dos custos operacionais;   Crescimento das receitas;   Acréscimo da confiança;   Incremento da motivação das equipas.

Custos Tempo gasto pelos formadores internos;  Custos com a contratação de formadores externos;   Materiais e plataformas utilizados;  Aluguer dos espaços;   Tempo gasto na preparação;   Despesas administrativas.

A par dos custos e benefícios, utilizam-se também outras métricas para medir o ROI da formação, por exemplo, a taxa de participação e o feedback dos formadores e dos participantes. Importa ainda salientar que os critérios variam sempre, consoante as especificidades da empresa e do programa de formação profissional.  

Além disso, existem duas metodologias específicas que ajudam a medir a eficácia dos programas de formação e desenvolvimento profissional: 

Metodologia Kirkpatrick 

Esta metodologia divide-se em quatro níveis, a saber: 

Nível 1: Reação 

Refere-se à satisfação e ao envolvimento dos participantes na formação profissional. Avalia, por exemplo, se estes consideram o conteúdo relevante e útil para o seu trabalho diário.  

Nível 2: Aprendizagem 

Mede o grau de retenção dos conteúdos pelos formandos, envolvendo, por exemplo, a realização de testes, avaliações e simulações da aplicação dos conhecimentos. 

Nível 3: Comportamento 

Avalia como os conhecimentos adquiridos estão a ser aplicados, no quotidiano laboral.  

Nível 4: Resultados 

Calcula o impacto da formação nos resultados das organizações, verificando, por exemplo, se houve melhoria na produtividade e na qualidade do trabalho. 

Metodologia Phillips 

A metodologia Philips consiste numa evolução do método Kirkpatrick, pois adiciona um quinto nível aos quatro já existentes. 

Nível 5: ROI 

A nova componente do ROI acrescenta, assim, à avaliação dos programas de formação o foco financeiro. A metodologia Kirkpatrick media também o ROI da formação, mas não especificamente. Portanto, este quinto nível veio ajudar as empresas a calcularem, em concreto, o retorno financeiro da formação profissional. 

A implementação das novas estratégias e metodologias aqui apresentadas promoverá, certamente, o sucesso dos programas de formação profissional, na sua empresa. Lembre-se: a avaliação do ROI da formação não só justifica os investimentos no desenvolvimento profissional, mas também cria uma cultura de contínua aprendizagem e melhoria do desempenho. 

Conte com a ajuda da equipa especializada da VALORA, para desvendar o potencial do ROI da formação profissional, na sua empresa.